
Ambiente vai lançar nova edição do programa Guardiões do Biome | Agência Brasil
O Ministro Do Meio Ambiente, Joaquim Leite, disse hoje (14) que o governo federal vai apresentar uma nova versão do programa Guardiões do Biome para combater as atividades predatórias ilegais na região amazônica.
De acordo com o ministro, serão criadas 10 bases permanentes para escrutinar e reprimir garimpos ilegais, queimadas, tráfico de drogas e desmatamento. O ministro não falou quando a iniciativa será inaugurada.
” Estamos no caminho certo: considerar o crime ambiental uma obrigação do Estado de agir. E vem agindo. A PF tem atuado de forma integrada para combater o desmatamento, ” informou o ministro, que adiantou que a iniciativa será interministerial, com a participação do Ministério da Justiça e Segurança Pública, da Polícia Federal e do Exército Brasileiro.
Em entrevista ao programa Sem Censorias, Leite falou ainda sobre iniciativas de preservação da Amazônia, orçamento para o Meio Ambiente e desmatamento.
Adotada em todos os países signatários da ONU e que se compromete a reduzir e controlar as emissões de poluição, o mercado de créditos de carbono promete ser estratégico para o desenvolvimento do Brasil, revelou Joaquim Leite.
Ele explicou que os países desenvolvidos têm dificuldade em adotar as mudanças tecnológicas necessárias para livrar o mundo das emissões, ao contrário do que aconteceu no Brasil, que teve facilidade na adaptação do setor produtivo à nova prática. ” Isso é um desafio. Um desafio global. Como trazer isso para o dia a dia? Lá vem o mercado de carbono. Alguns têm que compensar, tem que comprar. “
De acordo com o ministro do Meio Ambiente, o mercado brasileiro de carbono vai financiar o crescimento dos negócios e a ampliação da infraestrutura no Brasil.” O mercado de carbono traz oportunidade para viabilizar projetos que não tinham viabilidade econômica e que agora terão. Vários setores serão capazes de oferecer créditos. Com certeza [o Brasil] terá uma participação muito relevante neste mercado global. “, ele complementou.
Joaquim Leite relatou que o Ministério do Meio Ambiente terá um reforço de mais de 700 novos funcionários que atuarão no órgão fiscaltivo, além das equipes policiais e das forças de segurança pública que já atuam em todo território nacional.
Para o ministro, há também uma importante participação do agronegócio na proteção ambiental. Leite apontou que os produtores rurais são responsáveis por cerca de 250 milhões de hectares. ” O proprietário toma conta, sim, de floresta nativa. Trazer a narrativa de que agro é o problema é uma desinformação. “