Anvisa fará consulta pública sobre revisão de regulamentos no Mercosul | Agência Brasil
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) abrirá, por 60 dias em data a ser anunciada, uma consulta pública visando à manifestação da sociedade sobre revisão planejada para o regulamento técnico que abrange ensaios clínicos sob a estrutura do Mercosul.
A decisão foi aprovada por unanimidade hoje (9) durante a reunião ordinária da 2ª Public Ordinary Board.
A reunião de hoje possibilitou “o mais importante avanço para a pesquisa clínica” na região do Mercosul, na avaliação do diretor Meiruze Sousa Freitas, a quem coube a proposta de consulta pública para revisar o Regulamento Técnico do Mercosul sobre Ensaios Clínicos com Medicamentos, Produtos Biológicos e Produtos Médicos.
Meiruze disse que, ao abrir a consulta, a Anvisa avançará no sentido de harmonizar, no Mercosul, regulamentos que abrangem a área de medicamentos e produtos para a saúde de seus cidadãos.
Ela lembrou que há apenas uma resolução de resolução-up no âmbito do marco regulatório do Mercosul-um “velho e defasado regulamento técnico sobre pesquisas clínicas”. Ela, no entanto, defende que, em nome da autonomia de cada estado-membro, a proposta garanta a existência de dispositivos locais.
Fakenews e vacinação
Ao abrir a reunião do Conselho Ordinário Público da 2ª, o presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, lamentou a situação de superlotação observada nos hospitais, por “pessoas que fizeram a opção de não se vacinar”. “Esse problema piora com nossos filhos, onde os efeitos da ação criminosa daqueles que divulgam fakenews foram frenetizados de maneira gravíssima a vacinação de nossos filhos”, disse.
” Esse mal infelizmente já está feito, e o resultado disso aí é, [reforçado] com uma campanha de vacinação que caminha em passos lentos. E está gerando consequências, com o número de mortos entre crianças com idade passível de ser vacinado subindo, ” adicionou.
Morte de trabalhadores da saúde
Torres lamentou também o aumento de casos e mortes de profissionais de saúde, devido ao covid-19. ” Infelizmente, em nosso país, quatro em cada cinco médicos tiveram covid-19 nos últimos meses. As equipes de saúde brasileiras estão esgotadas e trabalhando além das fronteiras e das forças. Eles estão cumprindo suas funções e estão morrendo também “.
” Enquanto vozes dizem que a variante Ômicron é macia e menos severa, essas mesmas vozes se esquecem de mencionar em que contexto essa leveza ou brandura se dá. Esse contexto é o contexto de cada país, sistema ou equipe de saúde disponível para tratar os pacientes. O Brasil infelizmente entrou na faixa de quilometragem de pessoas mortas em 24h por covid-19. Isso equivale a cinco, quatro ou três aviões caindo todos os dias, ” argumentou.
Governo Federal
Ontem (8), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que o governo tem se engajado não apenas para garantir que as vacinas atingem estados e municípios, mas também para tranquilizar os pais em relação à eficácia e segurança dos imunizantes.
De acordo com o balanço divulgado ontem pelo ministro, o percentual de crianças de 5 a 11 anos que tomaram a primeira dose de imunizantes contra covid-19 é inferior a 15%.
Para o ministro, é natural que a imunização das crianças não avance. na mesma velocidade que a dos adultos. ” Vacinar uma criança, não é como vacinar um adulto. Às vezes, você tem que convencê-los. Ninguém vai pegar uma criança à força e vaciná-la com ela chorando “.
Ainda em resposta a perguntas sobre o atraso para a vacinação do público infantil, Queiroga cobrou mais comprometimento por parte de estados e municípios.