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Bangladesh dissolve Parlamento e abre caminho para formação de governo interino


Decisão acontece no dia seguinte a primeira-ministra fugir do país rumo a Índia após onda de protestos, violência e mortes

EFE/EPA/MONIRUL ALAMDhaka (Bangladesh), 08/06/2024.- Uma imagem vandalizada da Primeira-Ministra Sheikh Hasina após a sua demissão, em Dhaka, Bangladesh, 06 de agosto de 2024. Num discurso à nação, Chefe do Estado-Maior do Exército, General Waker- Uz-Zaman anunciou em 5 de agosto que a primeira-ministra Sheikh Hasina renunciou após semanas de agitação e um governo interino será formado para governar o país. Novo toque de recolher a partir das 18h. a hora local foi imposta em 4 de agosto pelas autoridades de Dhaka, após a inicial imposta pelo governo de Bangladesh em 20 de julho de 2024, à medida que o número de vítimas aumentava e as autoridades policiais lutavam para conter os distúrbios. A violência eclodiu em Dhaka e noutras regiões na sequência de protestos liderados por estudantes que exigiam reformas no sistema governamental de quotas de emprego. (Protestas)EFE/EPA/MONIRUL ALAM
Sheikh Hasina era primeira-ministra desde 2009

O presidente de Bangladesh, Mohammed Shahabuddin, anunciou nesta terça-feira (6) a dissolução do Parlamento e abriu assim o caminho para a formação de um governo interino, um dia depois da renúncia e fuga do país da até ontem primeira-ministra, Sheikh Hasina. A dissolução foi anunciada pelo gabinete presidencial em comunicado, após várias semanas de violentos protestos de rua que resultaram na renúncia de Hasina e nos quais mais de 400 pessoas morreram. “Como resultado da reunião do presidente Shahabuddin com os chefes das três forças de Defesa, diferentes líderes políticos, representantes da sociedade civil e líderes dos ‘Estudantes Contra a Discriminação’, o Parlamento foi dissolvido”, afirma o comunicado.

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Shahabuddin cumpriu assim o ultimato dos líderes dos protestos estudantis, que levaram ao caos atual e à renúncia de Hasina depois de se tornarem violentos em meados de julho. Os líderes das manifestações tinham estabelecido um prazo até às 15h de hoje (horário local, 6h de Brasília) para dissolução do Parlamento, ou então intensificaram os protestos. Esta medida era um requisito fundamental para permitir a formação de um governo interino, conforme anunciou ontem o chefe do Exército de Bangladesh, Waker-Uz-Zaman, em um comunicado no qual confirmou a renúncia da ex-primeira-ministra e sua saída do país.

A composição do novo governo temporário ainda é desconhecida, embora os líderes estudantis tenham proposto o vencedor do Prêmio Nobel da Paz, Muhammad Yunus, como assessor principal do gabinete, com o aval do próprio. O governo interino terá como prioridade restabelecer a situação da lei e da ordem nas ruas, depois de o país ter vivido ontem o dia mais sangrento desde o início dos protestos estudantis, que começaram há um mês para reivindicar a anulação de um sistema de cotas para empregos públicos e acabaram exigindo a renúncia de Hasina após a brutal repressão às manifestações.

Pelo menos 99 pessoas morreram entre ontem e hoje, segundo um balanço elaborado pela Agência EFE, durante violentos confrontos que resultaram no incêndio de vários edifícios pertencentes a membros da Liga Awami e às sedes do partido. Isto eleva o número de mortos desde o início dos protestos, no início de julho, para mais de 400.
Hasina, a líder mais veterana do Sul da Ásia, renunciou ontem e deixou seu país rumo à Índia, encerrando seu governo de 15 anos.

*Com informações da EFE

Publicado por Fernando Keller





Fonte: Jovem Pan

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