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Em Heliópolis, Simone Tebet convoca população para responder ao censo | Agência Brasil

“Abrir a porta de suas casas para o IBGE é abrir as portas para uma vida melhor.” É o que disse hoje (25) a ministra do Planejamento e Orçamento (MPO), Simone Tebet, no lançamento da Favela no Mapa, ação lançada em parceria entre o ministério, a Central Única das Favelas (Cufa), o DataFavela e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que conduzirá os censos para completar o Censo Demográfico nas favelas brasileiras.imagem25-03-2023-21-03-54

“A palavra do dia é parceria para demonstrar a importância que tem as pessoas que abrem a porta de suas casas para o IBGE”, enfatizou o ministro, no evento em Heliópolis, zona sul da capital da capital flávia. Tebet argumenta que os dados do censo permitem que o Estado conheça as peculiaridades de cada local e decida onde investir adequadamente o dinheiro público.

“Tenho um pedido a você: abra as portas de suas casas para @ibgecomunica porque isso significa abrir as portas da sua vida para uma vida melhor”, disse há pouco o ministro @simonetebetbr em Heliópolis, ” São Paulo. pic.twitter.com/YF9uaBXfCF

-Ministério do Planejamento e Orçamento (@MinPlanejamento) 25 de março de 2023

De acordo com os dados do IBGE, em todo o Brasil o índice de ausência de resposta aos censos é de 6 %.Enquanto isso, no estado de São Paulo essa taxa é de 11,5%. Nos clusters, tais como favelas, comunidades, grutas (ASGN), a ausência de resposta chega a 8,1% no Brasil e 16,3% em São Paulo. 

Em todo o país há 11.403 AGSN e grande parte dos moradores já foi centrada dentro do prazo regulamentar do Censo 2022, iniciado em agosto do ano passado e que foi concluído em 28 de fevereiro deste ano. A Operação Favela no Mapa representa um esforço concentrado do IBGE nas maiores comunidades das 26 capitais e no Distrito Federal para percorrer as áreas que foram deixadas descoladas.

Parceria

A parceria com a Cufa e a Favela de Dados vai ajudar a abrir portas para o censo nessa missão. Nesses locais, além da ausência e da recusa, há outros problemas como omissão de domicílios (de fundos ou de slab) e dificuldades de acesso e circulação. De acordo com o fundador da Favela de Dados, Renato Meirelles, muitos moradores de favelas não respondem ao censo porque têm medo de perder seus benefícios sociais ao responder aos dados. Entretanto, ele esclarece que essas informações são sigilosas.

Meirelles destaca a importância de que todos os brasileiros entendam que estamos vivendo a era das políticas públicas baseadas em evidências, o que significa que dados do censo são fundamentais para garantir que as políticas públicas cheguem onde mais precisam. ” E onde mais eles precisam chegar está na favela. Não dá a favela para se tornar sub-representado no censo. Nosso objetivo é muito claro. Essa parceria mostra na prática e simbolicamente que o censo é um desafio de toda a sociedade brasileira “.

O presidente da Cufa Nacional, Kalyne Lima, declarou que a ação pode ampliar o alcance do IBGE em territórios mais vulneráveis, como as comunidades.” Nosso papel é o de promover uma mobilização, ajudar os trabalhadores do censo a chegar nessas residências, convencer as pessoas a passarem seus dados sem medo e sem acreditar os rumos negativos. Responder ao IBGE é entrar no mapa da política pública que precisa assistir a esse território de forma justa “.

De acordo com o presidente interino do IBGE, Cimar Azeredo, 150 recenseados trabalham na ação de sábado para atingir os cerca de 15% das famílias desaparecidas a serem entrevistadas em todo o país.” Se cada um fizer 14 entrevistas em cada dia deste fim de semana, fechamos o censo amanhã. É um trabalho possível de ser feito, mas só conseguimos porque temos o apoio da Cufa, da Favela de Dados e da população, ” disse.

O censo Leleane Luperine, da Silveira, ressaltou a importância de participar do projeto ouvindo a maioria das pessoas, mas também lembrou que grande parte dos moradores não atendeu os funcionários do IBGE. ” As pessoas dizem que não têm tempo, que não querem responder e que não adianta fazer parte da pesquisa. Faltava fazer um formador para explicar para as pessoas que a pesquisa é para ajudar a comunidade “.

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