
Facebook tenta barrar processo de R$ 19 bilhões sobre uso de dados pessoais no Reino Unido – Notícias – R7 Tecnologia e Ciência
A- A+
Empresa tenta barrar processo em tribunal de Londres
REUTERS/Dado Ruvic/Illustration
O Facebook pediu nesta segunda-feira (30) a um tribunal de Londres que bloqueie uma ação coletiva avaliada em até 3 bilhões de libras esterlinas (R$ 18,9 bilhões, no câmbio atual) que acusa a companhia de abusar de sua posição dominante para monetizar dados pessoais dos usuários.
A ação coletiva contra a Meta Platforms, empresa controladora do Facebook, foi encaminhada em nome de cerca de 45 milhões de usuários da rede social no Reino Unido.
Veja também
-
Tecnologia e Ciência
Publicidade online cai, motiva demissões e encrenca Google na Justiça
-
Tecnologia e Ciência
Big techs já demitiram mais de 60 mil desde o início da crise, e cenário turbulento deve continuar
-
Tecnologia e Ciência
Processo dos EUA contra Google pode beneficiar Apple e outras empresas
A acadêmica jurídica Liza Lovdahl Gormsen, que está apresentando o caso, disse que os usuários do Facebook não foram devidamente compensados pelo valor dos dados pessoais que tiveram que fornecer para usar a plataforma.
Os advogados dela disseram que os usuários deveriam obter uma compensação pelo valor econômico que teriam recebido se o Facebook não estivesse em uma posição dominante no mercado de redes sociais.
Mas a Meta disse que o processo é “totalmente sem mérito” e não deveria prosseguir. Os advogados da companhia disseram que as perdas alegadas ignoram o “valor econômico” que o Facebook fornece.
Ronit Kreisberger, que representa Lovdahl Gormsen, disse ao tribunal que “as práticas de dados da Meta violam a proibição de conduta abusiva por empresas dominantes”.
“Inquestionavelmente, há um caso para a Meta responder em julgamento”, disse Kreisberger.
Leia também
- Imagens de satélite flagram iceberg de 1.550 km² à deriva na Antártica
- Como criar Comunidades no WhatsApp com 5 mil membros
- Novo desafio para os ladrões: não será mais possível desativar o wi-fi de celulares da Motorola
Mas os advogados que representam a Meta disseram que o processo assume erroneamente que qualquer “lucro excessivo” que a empresa possa obter equivale a uma perda financeira sofrida por usuários individuais do Facebook.
Essa abordagem “não leva em consideração o valor econômico significativo do serviço fornecido pelo Facebook”, disse Marie Demetriou.
Ela disse que a estimativa de Lovdahl Gormsen sobre as possíveis perdas totais dos reclamantes — 3 bilhões de libras, que incluem juros — é “no mínimo exageradamente inflada”.
LEIA ABAIXO: ‘Cemitério’ do Google relembra apps e produtos que já se foram
-
Nos mais de 23 anos de existência do Google, a empresa norte-americana lançou, literalmente, centenas de produtos com as mais diversas funcionalidades, de e-mails a redes sociais, de caixas de som inteligentes a serviços de edição compartilhada. É natural que, ao longo dessa trajetória, muitos e muitos deles tenham ficar para trás. O site Google Cemetery (Cemitério do Google) reúne 166 produtos da empresa que foram descontinuados desde 2006. Relembre (ou conheça) alguns deles
Reuters
-
O Orkut foi a primeira rede social da maioria dos internautas brasileiros. Durou 10 anos (de 2004 a 2014) e até hoje muitos não aceitam o fim das comunidades, scraps e outras funcionalidades que fizeram parte de nossas vidas
Reprodução
-
Outro aplicativo que deixou muitos usuários órfãos é o Google Reader, desativado em 2013 após 8 anos em funcionamento. O leitor de feeds RSS e ATOM tinha uma interface limpa e fácil de organizar e aceitava pesquisas em seu buscador interno e links externos
Reprodução
-
A eterna rede do Google que nunca conseguiu sair do chão. O Google Plus foi uma tentativa de competir com o Facebook, mas nunca recebeu adesão dos usuários. Após oito anos de existência (2011 a 2019), a rede foi descontinuada pela empresa para usuários individuais
Reprodução
-
Poucos sabem, mas o Google teve um serviço de corridas muitos anos antes do Uber aparecer. O Google Rides funcionou entre 2007 e 2009, em apenas 14 cidades nos EUA. e servia para encontrar táxis, caronas ou traslados com base na localização do usuário. Só não deu muito certo
Reprodução
-
O Google Videos nasceu em 2005 como um recurso para hospedar vídeos feitos pelos usuários, mas perdeu essa utilidade um ano depois, quando a empresa comprou um site que se tornou a principal referência na área, o YouTube. Com isso, o Videos foi gradualmente se transformando em um mecanismo de busca de imagens até ser encerrado, em 2012
Reprodução
-
Nem só de programas vive o Google, e o cemitério também tem alguns equipamentos que saíram de linha. É o caso do Chromecast Pixel, que foi um notebook com sistema operacional baseado no Chrome, o navegador da Google. Foi vendido entre 2015 e 2017, mas acabou não sendo mais produzido desde então
Reprodução
-
O Google Talk foi uma tentativa de competir com o Whatsapp e outros mensageiros. Durou incríveis 12 anos, mesmo sem nunca ter conquistado uma grande base de usuários. Foi descontinuado em 2017 e a base migrou para o Hangouts, que também já saiu de uso
Reprodução
-
Em 2004, o Google comprou o app de compartilhamento e organização de fotos Picasa, que se tornou um dos seus serviços de maior duração. A plataforma funcionou durante mais 12 anos até ter seu funcionamento encerrado porque a matriz decidiu deslocar as funções com fotografias para o Google Fotos
Reprodução
-
Quando surgiu, em 2009, o Google Wave foi anunciado como um ambiente de trabalho no qual os usuários poderiam trabalhar simultaneamente em várias máquinas diferentes, agilizando fluxos de produção. A solução foi fechada menos de um ano depois e depois vendida para outra empresa, por falta de adesão de usuários
Reprodução
-
O Hangouts, aplicativo de reuniões e troca de mensagens, é um dos últimos a sair do ar, em dezembro de 2020, após quase sete anos em funcionamento. A maior parte das suas funções foi incorporada ao Google Chat.
Reprodução
Publicidade Fechar anúncio
Copyright © Thomson Reuters.