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Família de Moïse recebe concessão de quiosques onde congolês foi morto | Agência Brasil

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o secretário de Fazenda e Planejamento, Pedro Paulo, formalizaram hoje (7) a premiação de dois quiosques da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, para a família de Moïse Kabagambe, congolês de 24 anos morto no último dia 24.imagem07-02-2022-22-02-29

Paes apontou que ” nossa sociedade repudia o crime brutal de que Moïse foi vítima. Sabemos que a perda de vocês não vai ser reparada com essa atitude, mas queremos que a memória do Moïse mantenha-se viva e que um ato tão brutal seja permanentemente lembrado para que as pessoas não refaçam “.

Memorial

A proposta é que, em parceria com a Orla Rio, o espaço seja transformado em memorial e ponto de transmissão da cultura dos países africanos. O termo de compromisso foi entregue à mãe de Moïse, Ivana Lay. O documento estabelece que o contrato de concessão vai até fevereiro de 2030 e a família congolesa terá apoio legal e contábil, além da formação para a gestão do espaço.

Samir Kabamgabe, irmão de Moïse, falou em nome da família. ” Sabemos que essa ação que aconteceu com o meu irmão não veio do coração de todo o povo brasileiro. Recebemos muitas mensagens e o apoio de várias instituições. Queremos agradecer a todos pela solidariedade “.

Crédito e proteção

Onze membros da família jovem congolesa foram recebidos também hoje, no Palácio Guanabara, pelos secretários de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Matheus Quintal; do Desenvolvimento Econômico, Vinícius Farah; e pela Secretaria de Assistência ao Victim, Tatiana Queiroz, que já veio com acompanhamento da família. O governador Cláudio Castro participou da reunião por telefone.

O governo ofereceu à família uma linha de crédito através da Agência Estadual de Fomento (AgeRio), para que eles possam dar continuidade aos projetos. “Queremos disponibilizar recursos de forma mais rápida e simplificada, dar esperança para o trabalho, conhecer as atividades de todos para que possam investir e empreender”, disse.

A Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos colocou à disposição da família o programa de proteção da Provita, que tem como objetivo proteger vítimas ou testemunhas que sofrem ameaças. O secretário de Assistência ao Victim já serve para o atendimento psicológico à família.

Defensoria

A mãe de Moïse foi recebida na manhã desta segunda-feira, na Defensoria Pública do Rio de Janeiro, pelo zagueiro-geral, Rodrigo Pacheco, que, além de cuidar das questões relacionadas à reparação aos familiares da vítima, também prestará apoio visando a regularização da permanência do grupo no Brasil.

” Sabemos que nada é capaz de reparar a perda de um ente querido, não menos da forma brutal que foi. Mas estamos aqui para colocar a nossa instituição inteiramente à disposição de você no que cabe a nós, que é buscar indenização, pensão, o que for próprio, ” o advogado-geral declarou.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil seccional do Rio de Janeiro (OAB/RJ), Rodrigo Mondego, participou da reunião. Ele continuará a representar a família sobre as questões relativas à ação criminosa contra os assaltantes.

Moïse foi espancado até a morte no dia 24 no quiosque da Tropicália, na Barra da Tijuca. Nas filmagens de câmeras de segurança do estabelecimento pode-se ver que o congolês foi batido no chão por um homem e, na sequência, recebeu vários golpes dos atacantes, que continuavam batendo o jovem mesmo depois de imobilizado. 

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