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Fiocruz: terceira onda provocada pela Ômicron está acabando | Agência Brasil

A continuidade da tendência de queda nos casos, internações e mortes por covid-19 indica que a terceira onda de infecções, causada pela variante Ômicron, está acabando. A avaliação é de pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que divulgou hoje (8) o Boletim do Observatório do Covid-19.imagem08-04-2022-18-04-22imagem08-04-2022-18-04-22

Cientistas veja um cenário bastante positivo no país, com queda de 36% nos novos casos e a partir de 41% nas mortes da doença, na comparação dos dados de 20 de março a 2 de abril com os de 6 a 19 de março.

“Como reflexo dessa tendência geral, houve queda nos indicadores de transmissão em grande parte dos estados, como Rondônia, Roraima, Tocantins, Maranhão, Rio Grande do Norte, Paradba, Alagoas, Santo Santo, Paraná, Mato Grosso e também no Distrito Federal”, afirma a Fiocruz, que destaca ainda que, pela primeira vez desde maio de 2020, nenhum estado topou o 0,3-óbito marca para 100 habitantes.

A média móvel de óbitos por covid-19 chegou a 215 vítimas por dia em um intervalo de sete dias, e a letalidade da doença também está abaixo de outros tempos da pandemia. Entre os que testaram positivo para a doença, 0,8% foram o número de mortos, proporção que já chegou a 3% em 2021.

Vacinação

A queda no número de óbitos e a letalidade do covid-19 está relacionada à vacinação da população. O país conta com 82,5% da população com a primeira dose, 75,4% com o esquema de vacinação completo (duas doses ou dose única) e 37,1% com a dose de reforço. Também contribui para que haja menos vítimas a menor gravidade da infecção pelo Omicron, que evolui para casos graves com menor frequência.

” A ampliação da vacinação, atingindo regiões com baixa cobertura e doses de reforço em grupos populacionais mais vulneráveis, pode reduzir ainda mais os impactos da pandemia sobre a mortalidade e as internações. Ao mesmo tempo, todo o sistema de saúde deve valer a pena o menor período de transmissão do covid-19 para readequar serviços para o atendimento de demandas prejudicadas, ” os pesquisadores recomendam.

A newsletter do InfoGripe, também da Fiocruz, já havia aponado nesta semana que a participação do SARS-CoV-2 entre os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) causada por vírus respiratórios alcançou o menor percentual da pandemia, com 50,7%. Em momentos mais críticos, essa participação passou de 98%.

O menor número de casos graves de covid-19 permitiu que os estados reduzam o número de leitos de cuidados intensivos direcionados apenas para adultos com a doença no Sistema Único de Saúde. Mesmo com essa diminuição, a Fiocruz avalia que os Estados vêm mantendo taxas bem baixas de ocupação de leitos por covid-19.

” A dinâmica de alguns dados já aponta para a reorganização dos serviços no sentido de menos foco no covid-19 e ampliação do atendimento a outros problemas de saúde. O passivo assistencial em toda a rede de serviços de saúde é desafiador após pouco mais de dois anos da pandemia, ” assinam o boletim.

A Fiocruz alerta que metade das mortes na última semana epidemiológica foi registrada em pessoas com pelo menos 74 anos, o que reforça a vulnerabilidade dessa população diante da doença. Os pesquisadores apontam que é necessário solicitar uma quarta dose naquele grupo:

“Concomitantemente, há uma necessidade absoluta de avanço na vacinação dos mais jovens elegíveis (5 a 11 anos) e o início do debate de vacinação na faixa de 0 a 4 anos”, diz a fundação, que acrescenta que aumentou a contribuição dos mais jovens, principalmente crianças, no número total de casos.

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