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Lula propõe grupo para negociar paz entre Rússia e Ucrânia

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu nesta segunda feira (30) com o primeiro ministro da Alemanha, Olaf Scholz.O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu nesta segunda-feira (30) com o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz.| Foto: EFE/André Borges.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sugeriu nesta segunda-feira (30) a criação de um grupo de países para encontrar uma solução pacífica para o conflito entre Rússia e Ucrânia. Lula fez a declaração durante uma entrevista coletiva em conjunto com o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz.

“A minha sugestão é que a gente crie um grupo de países, que tente sentar na mesa com a Ucrânia e com a Rússia para tentar encontrar a paz”, disse o presidente. Lula afirmou que conversou sobre a iniciativa com Scholz durante o encontro desta tarde, que durou cerca de duas horas, no Palácio do Planalto.

“A gente tenta criar um clube ecológico, e a gente cria o clube das pessoas que vão querer construir a paz no planeta”, disse o mandatário. Lula afirmou que já levou a proposta ao presidente francês, Emmanuel Macron, e vai falar sobre o tema com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em fevereiro.

O chefe do Executivo ainda ressaltou que a China tem um papel importante na negociação pelo fim da guerra na Ucrânia. “Eu acho que nossos amigos chineses têm um papel muito importante. Eu, se for a China em março, como está previsto, quero conversar sobre isso com o presidente Xi Jinping. Está na hora de a China colocar a mão na massa”, afirmou.

Brasil não vai repassar munição para Ucrânia

Durante a coletiva, Lula disse que o Brasil não vai vender munição para a Ucrânia. Na semana passada, Lula vetou o pedido feito pela Alemanha para repassar munição de tanques de guerra do tipo Leopard 2 à Ucrânia. O material chegaria a Kiev após passar por Berlim.

“O Brasil não tem interesse em passar as munições para que elas sejam utilizadas na guerra entre Ucrânia e Rússia. O Brasil é um país de paz, o último contencioso nosso foi a guerra do Paraguai. E, portanto, o Brasil não quer ter qualquer participação, mesmo que indireta”, afirmou o presidente.

Lula disse que tem “ouvido muito pouco” sobre inciativas que visam acabar com o conflito. “Acho que a Rússia cometeu um erro crasso de invadir o território de outro país. Portanto, a Rússia está errada. Mas eu continuo achando que quando um não quer, dois não brigam, é precisam que queiram paz. E até agora, eu tenho ouvido muito pouco sobre como encontrar a paz para a guerra”, disse Lula.

Scholz disse estar feliz por Brasil voltar a cena mundial

O chanceler alemão, Olaf Scholz, convidou Lula para visitar a Alemanha e disse estar feliz pelo Brasil “estar de volta à cena mundial”. Ele também voltou a prestar solidariedade a Lula e ao povo brasileiro após a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, no último dia 8. “Estamos muito felizes pelo Brasil estar de volta à cena mundial, empenhando-se pela maior integração regional da América Latina. Vocês fizeram falta, caro Lula”, afirmou o primeiro-ministro.

“Estar aqui hoje me deixa muito emocionado, porque as imagens da invasão do Congresso, do palácio presidencial e do Supremo Tribunal Federal, três semanas atrás, ainda estão muito presentes na nossa memória e nos deixam profundamente consternados”, disse.

Scholz afirmou que viu “resquícios da destruição” no Palácio do Planalto. “A democracia brasileira é forte e foi capaz de resistir ao ataque, o que é impressionante e serve de modelo”, acrescentou.

O chanceler ressaltou a importância da parceria entre Alemanha e Brasil na luta contra as mudanças climáticas, pela preservação da Amazônia, na produção de energia renováveis e o avanço do acordo entre União Europeia e Mercosul.

“Ao Brasil cabe um papel fundamental na proteção do clima do nosso planeta. Sem a proteção das florestas tropicais no Brasil e na América Latina não vamos conseguir alcançar as metas do Acordo de Paris”, afirmou Scholz. Ele defendeu uma “transformação ecológica socialmente justa” em parceria com o Brasil.

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