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Máscaras não afetam a respiração ou trazem risco à prática de exercícios | Agência Brasil

Uma pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo aponta que o uso de máscaras não afeta a respiração ou traz riscos para as pessoas saudáveis na prática de exercícios físicos. Para o estudo foram avaliados 17 homens com idade média de 30 anos e 18 mulheres com faixa etária média de 28 anos, todos saudáveis.imagem08-01-2022-12-01-26imagem08-01-2022-12-01-26

” Nós fizemos com o objetivo de investigar se o uso das máscaras durante o exercício interrompe o desempenho, o funcionamento do corpo em pessoas que fazem atividade física regular, mas não são atletas, ” explica o professor Bruno Gualano, responsável pelo estudo. Para isso, os participantes da pesquisa correram em uma esteira com e sem máscara protetora, com monitoramento da respiração, oxigenação da função sanguíneos e cardíaca.

Para o trabalho, os participantes usaram uma máscara de pano de três camadas, seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde. Os exercícios foram realizados em várias intensidades.

Nos níveis moderados e intensos de esforço foram verificados apenas uma pequena alteração no esforço de inspiração. ” Observamos, especificamente, com o uso da máscara um aumento da capacidade inspiradora. O indivíduo tinha que se inspirar mais com a máscara do que sem ela, ” explica Gualano. Fora isso, no entanto, o corpo se adapta ao item protetor e não houve alterações na resposta do corpo do povo. “Não se alterava a frequência cardíaca ou a saturação de oxigênio, o que era uma preocupação que um tinha”, acrescenta o professor.

No esforço considerado crítico, que é a carga máxima de exercício que a pessoa consegue desenvolver, o estudo apontou que houve perda de desempenho. De acordo com Gualano, ao contrário do que acontece nas outras intensidades, o corpo falha em compensar a dificuldade adicional que a máscara impõe à respiração. Assim, as pessoas acabam chegando ao limite mais rápido do que chegariam sem o uso de proteção facial.

No entanto, nem mesmo nesse nível de esforço foram encontradas alterações significativas na oxigenação do sangue ou na função cardíaca. “Não tem alteração fisiológica sugestiva que possa incorrer em risco para a saúde do praticante”, enfatiza o professor da Faculdade de Medicina.

O nível chamado de crítico de esforço é quando, explica Gualano, a pessoa que está se exercitando é incapaz de falar durante a tarefa. Nos níveis moderados e intensos, o praticante seria capaz de falar, ainda que wheeling.

Para manter a boa saúde e até mesmo por razões estéticas, os níveis moderados e intensos são, de acordo com o professor suficiente. “Essa intensidade é suficiente para promover todos os benefícios que conhecemos do exercício físico”, ressalta.

Apesar dos resultados dos testes mostrarem que o uso de máscara afeta pouco fisicamente os praticantes de exercícios, no questionário aplicado aos participantes foram registradas múltiplas queixas em relação ao item protetor.

” No geral eles se sentiram muito mal por usar a máscara. As pessoas reclamaram que com a máscara sentindo mais calor, desconforto, maior cansaço, resistência, ” enlista o pesquisador.

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