
MME: somas eólicas e solares têm 2ª maior posição em matriz energética | Agência Brasil
O Boletim Mensal de Energia Mensal de 2021, publicado este mês, informa que a Fonte de Alimentação Elétrica Interna (OIEE), a soma do consumo nos setores econômicos menos as perdas em distribuição e transmissão, deve crescer 4,7% em 2021. As fontes eólica e solar subiram 2,9 pontos percentuais na composição da matriz de OIEE, chegando a 13,4%, soma que perdeu apenas para o poder hidráulico, respondendo por 56,7% do total da oferta.
De acordo com os dados do Ministério de Minas e Energia (MME), com o 13,4% o Brasil já ultrapassa o indicador de energia limpa do bloco Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), estimados em 13% 2021.
O secretário adjunto de Planejamento e Desenvolvimento Energico do MME, Marcello Nascimento Cabral da Costa, destacou a importância do setor. Nos últimos 12 meses, a geração eólica cresceu mais de 20%, e a geração solar, mais de 60%, de acordo com a secretaria adjunta.
” Nossa matriz energética é uma das mais renováveis do mundo com uma proporção de 48%, indicador mais do que três vezes superior à média mundial. Já com relação à matriz elétrica, temos 85% de renovabilidade, enquanto que a média mundial é de apenas 28%. O Brasil é protagonista na temática de renovabilidade no mundo há mais de meio século, quando iniciamos a implantação de grande produção de hidrelétrica e de etanol, ” salientou o secretário adjunto do Gabinete de Planeamento e Desenvolvimento de Energia do MME, Marcello Nascimento Cabral da Costa.
Nova legislação
De acordo com Leonardo Euler, Vestas ‘ vice-presidente para a América Latina, empresa que trabalha com a produção de turbinas de energia eólica, o Decreto 10.946, publicado em janeiro, deve ampliar a geração de energia limpa no país.
A nova legislação, que prevê o aproveitamento dos recursos naturais em áreas do interior da União, deverá ampliar a área de captação eólica. De acordo com Euler, com a instalação de turbinas em alto-mar em diferentes regiões do Brasil onde os ventos sopram com força, será possível aproveitar melhor o potencial eólico do país.
” E, para o Brasil desvendar todo esse potencial eólico offshore como um todo, é preciso um ambiente regulatório não só previsível, mas seguro. O decreto é certamente um passo importante nesse sentido no que tange offshore, ” Euler disse.
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* com informações da TV Brasil