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Presidente Lula é recebido por Boric no Chile e pede diálogo sobre eleições na Venezuela


‘O compromisso com a paz é o que nos leva a conclamar as partes aos diálogos e promover o entendimento entre governo e oposição’, disse Lula durante uma visita de Estado ao Chile, nesta segunda-feira (5)

Ricardo Stuckert/PR05.08.2024 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e o ao lado do Presidente do Chile, Gabriel Boric, posam para fotografia
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao lado do Presidente do Chile, Gabriel Boric, no Salão Azul do Palácio de La Moneda

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi recebido pelo colega chileno Gabriel Boric, nesta segunda-feira (5), no Palácio de La Moneda, em Santiago. Lula instou ao diálogo na Venezuela, após a questionada reeleição do presidente Nicolás Maduro, que a oposição e vários governos dizem ser fraudulenta. “O compromisso com a paz é o que nos leva a conclamar as partes aos diálogos e promover o entendimento entre governo e oposição”, disse Lula durante uma visita de Estado ao Chile, após se reunir com o presidente Gabriel Boric no palácio de governo, em Santiago. O mandatário brasileiro comentou a crise pós-eleições na Venezuela ao término de uma reunião com Boric no palácio presidencial em Santiago.

Lula destacou os esforços do Brasil, México e Colômbia em prol da democracia venezuelana: “O respeito pela soberania popular é o que nos move para defender a transparência e os resultados”, afirmou. Ele mencionou o comunicado conjunto de 1º de agosto no qual esses três países instaram o regime venezuelano a avançar de forma rápida na divulgação das atas eleitorais. Boric, um dos líderes de esquerda que mais questionou a transparência das eleições na Venezuela, apoiou o pronunciamento, mas se recusou a comentar a questionada reeleição de Maduro e disse que o fará na terça-feira (6).

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O presidente chileno foi um dos primeiros chefes de Estado a questionar os resultados, considerando que eram “difíceis de acreditar” e exigindo transparência. Lula e Boric assumiram posições divergentes em relação às eleições de 28 de julho na Venezuela. O presidente brasileiro levou dois dias para se pronunciar sobre o pleito. Embora tenha dito se tratar de “um processo normal, tranquilo”, Lula fez um apelo pela publicação das atas eleitorais, conforme exigido por vários governos que respaldaram as suspeitas de fraude denunciadas pela oposição.

O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela proclamou Maduro como presidente reeleito com 52% dos votos, contra 43% do candidato opositor Edmundo González Urrutia, representante de María Corina Machado, que foi inabilitada. A oposição denuncia fraude e afirma ter provas para comprovar a vitória de González. O CNE não publicou detalhes do resultado das eleições de 28 de julho: seu site está fora do ar desde então, como parte do que foi descrito como um “ataque em massa” ao sistema, justificativa rejeitada por especialistas.

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Lula chegou ao Palácio presidencial de La Moneda após depositar flores no monumento a Bernardo O’Higgins, líder da independência chilena. Boric guiará Lula em um tour pelo palácio presidencial, incluindo o Salão Branco, onde está a reconstrução do gabinete de Salvador Allende, presidente deposto por Augusto Pinochet no golpe de Estado de 1973. Mais tarde, o mandatário brasileiro se reunirá com os presidentes da Suprema Corte de Justiça, do Senado e da Câmara dos Deputados.

A visita de Lula, que se estenderá até o meio-dia de terça-feira, inclui sua participação em um fórum empresarial e em uma reunião particular com o ex-presidente Ricardo Lagos, que anunciou sua retirada da vida pública em janeiro passado. Durante a visita, está prevista a assinatura de cerca de 20 acordos de cooperação entre Brasil e Chile em áreas como segurança, saúde, comércio, cultura, ciência e turismo, entre outras.

Esta é a segunda visita de Estado na qual Boric atua como anfitrião. A primeira foi a do presidente colombiano Gustavo Petro, em janeiro de 2023. O Brasil é o terceiro maior parceiro comercial do Chile, com negócios que totalizam 12 bilhões de dólares, o equivalente a quase R$ 70 bilhões.

*Com informações da AFP
Publicado por Carolina Ferreira





Fonte: Jovem Pan

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