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Revolut quer “dividir a conta” das fraudes financeiras vindas das redes sociais


O banco digital britânico Revolut, que ocupa o posto de startup mais valiosa da Europa, direcionou seus esforços para a Meta, dona do Facebook, Instagram e Whatsapp. Isso porque, para a Revolut, a empresa de tecnologia deve se responsabilizar pelas fraudes que acontecem a partir de suas plataformas.

A crítica precede o anúncio feito pela Meta na quarta-feira, 2 de outubro, no qual a empresa divulgou que firmou uma parceria com os bancos NatWest e Metro Bank, também britânicos, para desenvolver um sistema de compartilhamento de dados que auxilia a prevenir fraudes nas redes sociais.

Em comunicado enviado ao mercado, o chefe de crimes financeiros da Revolut, Woody Malouf, afirmou que os planos da companhia estão muito distantes do necessário para efetivamente combater as fraudes. “São passos pequenos, quando o que a indústria realmente precisa são grandes avanços”, disse o executivo.

Na visão do banco digital, além de evitar que os problemas ocorram, a Meta deveria se responsabilizar por reembolsar as vítimas que já sofreram com os crimes.

“As redes sociais não compartilham a responsabilidade de reembolsar as vítimas, e assim não têm incentivo para agir. Um compromisso com o compartilhamento de dados, embora necessário, simplesmente não é suficiente”, afirmou Malouf.

A preocupação da Revolut vai além das vítimas e passa também pela quantidade de golpes que pesam no bolso da fintech. Um relatório de segurança divulgado pelo banco digital mostrou que 62% das fraudes relatadas por usuários em sua plataforma online ocorrem dentro das redes da Meta, sendo o Facebook o principal alvo, representando 39% dos golpes, e o Whatsapp o segundo, com 18% dos ataques.

Segundo os dados, que inspecionam atividades em grande parte da União Europeia, os golpes de compra, que envolvem anúncios de sites que solicitam pagamento mas nunca entregam os produtos, continuam sendo a principal fonte de fraudes.

Além disso, fraudes relacionadas a vagas de emprego, que exigem pagamento antecipado para custos de treinamento ou mesmo inscrição, também aumentaram significativamente nos últimos anos, segundo a Revolut.

O problema não está atingindo só a Revolut, mas também outros bancos e instituições financeiras de diversos países. Foi pensando nisso que o Reino Unido aprovou reformas na indústria de pagamentos. Agora, os bancos devem oferecer uma compensação máxima de £ 85 mil (pouco mais de R$ 610 mil) às vítimas de fraudes.

No início da proposta, o valor máximo proposto pelo órgão de pagamentos do Reino Unido era de £ 415 mil (quase R$ 3 milhões). Porém, o montante resultou em uma reação negativa entre os bancos e empresas de pagamentos da região. Assim, as novas regras entram em vigor em 7 de outubro.

Em entrevista ao veículo de notícias Euronews, um porta-voz da Meta afirmou que o combate às fraudes deve ser um trabalho colaborativo,

“O nosso programa piloto de Troca Recíproca de Inteligência sobre Fraudes (FIRE, na sigla em inglês) foi projetado para permitir que os bancos compartilhem informações, de modo que possamos trabalhar juntos para proteger as pessoas que utilizam nossos respectivos serviços”, afirmou o porta-voz.”Incentivamos os bancos, incluindo a Revolut, a participar desse esforço”.



Fonte: Neofeed

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