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Ritmo de ajuste da Selic pode diminuir, diz Copom | Agência Brasil

O ritmo de ajuste da taxa básica de juros, a Selic, deve diminuir. Essa previsão está na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada hoje (8) pelo Banco Central (BC), mas que poderá ser revisada para a inflação para contender em direção ao alvo.imagem08-02-2022-14-02-25

Na semana passada, o comitê aumentou a taxa Selic de 9,25% para 10,75% ao ano, tendo por justificativa o aumento da inflação de alimentos, combustíveis e energia. Foi a primeira vez-desde julho de 2017, quando chegou a 10,25%% ao ano-que a Selic chega a uma marca de dois dígitos.

” Em relação aos seus próximos passos, o Comitê previam como mais adequado, neste momento, a redução do ritmo de ajuste da taxa básica de juros. Essa sinalização reflete o estágio do ciclo de aperto, cujos efeitos cumulativos se manifestarão sobre o horizonte relevante “, diz a ata publicada hoje pelo BC.

O Copom destaca ainda que as” futuras etapas de política monetária poderão ser ajustadas para garantir a convergência da inflação para suas metas, e dependerá da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e projeções de inflação e expectativas para o horizonte relevante da política monetária “.

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em 2021, o indicador fechou em 10,06%, no nível mais alto desde 2015, pressionado pelo dólar, por combustíveis e por alta potência elétrica.

Projeções

No cenário de referência descrito pelo Copom, com trajetória para a taxa de juros extraída da pesquisa Focus e Dollar citada em R$ 5,45, as projeções de inflação seriam de cerca de 5,4% para 2022 e de 3,2% para 2023. Esse cenário supõe trajetória de juros que sobe para 12% ao ano, no primeiro semestre de 2022, ele encerra o período em 11,75% ao ano e reduz para 8% ao ano em 2023.

De acordo com essas projeções, a inflação encerrará 2022 acima da meta que é de 3,5%. O limite de tolerância é de 1,5 ponto percentual. Ou seja, a inflação pode ficar entre 2% e 5%.

Para 2023, o centro da meta é 3,25%, também com tolerância de 1,5 ponto percentual.

Projeções para inflação de preços administrados são de 6,6% para 2022 e de 5,4% para 2023. “Adota a hipótese de bandeira tarifária vermelha 1 em dezembro de 2022 e dezembro de 2023”, projeta o comitê.

fatores de risco

De acordo com o cenário de referência do Copom, a inflação envolve fatores de risco em ambas as direções. Por um lado, uma “possível inversão, ainda que parcial”, do aumento dos preços das commodities em moeda local produziria trajetória de inflação abaixo do cenário de referência. Por outro lado, “políticas fiscais que implicam impulso adicional da demanda agregada ou pioram a trajetória fiscal futura podem impactar negativamente os preços dos ativos essenciais e elevar os prêmios de risco do país”.

Contas públicas

Na avaliação de risco descrita na ata, Copom argumenta que, mesmo em uma situação de desempenho mais positivo das contas públicas, a incerteza em relação à arca fiscal permanece “alto o risco de desangarem as expectativas de inflação”, o que acaba por implicar uma “probabilidade maior” de trajetórias para a inflação acima do projetado.

” O incerteza com relação ao futuro do arcabo-fiscal atual resulta em elevação dos prêmios de risco e eleva o risco de desangarem as expectativas de inflação. Isso implica em atribuir maior probabilidade para cenários alternativos que considerem taxas neutras de juros mais altos. O Copom reitera que o processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira é essencial para o crescimento sustentável da economia “, diz a ata.

Emprego de Pleno

O comitê ressalta que a mais recente decisão relacionada à Selic reflete o” cenário de referência “e um balanço de riscos de” variância usual para a inflação prospectiva “, sendo, portanto,” compatível com a convergência da inflação para as metas sobre o horizonte relevante, que inclui os anos-calendário de 2022 e, em maior grau, de 2023 “. “Sem prejuízo do seu objetivo fundamental de garantir a estabilidade dos preços, esta decisão implica também o defumação das oscilações do nível de atividade económica e o fomento do pleno emprego”, complementa a ata.

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