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Senado aprova vários projetos voltados para mulheres | Agência Brasil

O Senado aprovou hoje (8) vários projetos para o benefício das mulheres. A maior parte da agenda de votações foi dedicada a garantir direitos econômicos e sociais para as mulheres e foram votadas todas na terça-feira em homenagem ao Dia Internacional da Mulher.imagem09-03-2022-04-03-25

Entre outros aprovados hoje, as propostas garantem prioridade no atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica; aumentam a pena de crimes contra a honra praticada contra a mulher e criam a tipificação do crime de violência institucional, voltada para servidores públicos que atuam para intimidar ou se omitirar em face da intimidação a uma mulher. 

Todos esses projetos ainda precisam ser analisados na Câmara dos Representantes.

Projetos

O PL 3,048 / 2021 aumenta em um terço a pena dos crimes contra a honra praticados contra a mulher. O projeto altera o Código Penal e eleva as penalidades para crimes contra a honra (calúnia, difamação e injúrio). De acordo com o relator do projeto, senador Zenaide Maia (Pros-RN), o projeto coloca em relevância a chamada “violência moral”. Esse tipo de violência, de acordo com a Lei Maria da Penha, significa “qualquer conduta que estabeleça calúnia, difamação ou lesão”.

Já o projeto 3.717/ -2021 cria a Lei de Direitos do Solo Mãe. O projeto conceitua “mãe solo” como um provedor familiar de família monoparentais cadastrados no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) com renda domiciliar per capita de menos de meio salário mínimo e dependente em até 14 anos de idade.

A lei proposta pelo PL prevê ações de assistência social. Entre elas, o recebimento de cota dobrada em qualquer benefício assistencial destinado a famílias com crianças e adolescentes. Além disso, o texto estabelece a prioridade da mãe solo nas políticas públicas de intermediação de mão de obra e qualificação profissional. Há ainda a previsão prioritária dos filhos de mãe solo em preenchimento de vagas na escola pública de educação infantil.

O PL 5.091/2020, também aprovado hoje, cria a tipificação do crime de violência institucional. Tal crime seria caracterizado pela prática de servidores públicos no desempenho de sua função e que, por atos comissivos ou omissivos, intimida a vítima diretamente e também quando o agente público permite terceiro para intimidá-lo. O texto foi alterado pela relatora no Senado, Rose de Freitas (MDB-ES), e volta para a Câmara, Casa de origem.

O projeto foi inspirado no caso da influenciadora digital Mariana Ferrer. A jovem acusava um empresário de estupro mas, durante o julgamento, Mariana ficou exposta ao sofrimento e à humilhação. Até o final, o acusado acabou liberado em um julgamento que, por seu conteúdo e resultado, transformou alvo investigativo do Conselho Nacional de Justiça.

Outro projeto aprovado foi o Projeto de Lei do Senado (PLS) 47/2012. Aquele projeto, que ainda será analisado pela Câmara, concede atendimento prioritário às mulheres na situação de violência doméstica e familiar. De acordo com o texto, as mulheres nesse perfil devem receber tratamento prioritário em órgãos e instituições integrais da rede de proteção, como a polícia e os cuidados com a saúde.

Os senadores também aprovaram o PL 3.342/2020, que cria e linha de crédito especial para a mulher empreendedora da área de beleza, estética, cosmética, vestuário, comércio de artigos feministas, alimentação, entre outros, que atuam como pessoa física. O teto de financiamento é de até R$ 20 e as contratações devem ocorrer desde que dure para a Emergência em Saúde Pública da Importância Nacional (ESPIN), declarada a ser devida à pandemia covid-19 e pelo período de até dois anos após o encerramento da emergência sanitária.

Finalmente, os senadores aprovaram o PL 2.889/2021, que impõe multa aos planos de saúde que recusam, sem justificativa, a oferecer métodos e técnicas cientificamente aceitas de concepção e contracepção. O projeto tem como objetivo esclarecer os limites de uma regra de 1996, que obriga a autorização prévia do cônjuge para a execução de procedimentos de esterilização cirúrgica voluntária, como vasectomia e lactação tubária.

De acordo com a autora do projeto, a senadora Nilda Gondim, a imprensa informou que as operadoras de planos de saúde não autorizaram a inserção de dispositivos intrauterinos (DIU), opção que cabe exclusivamente à mulher, com base nessa regra, que se refere à esterilização definitiva, e não contracepção.

Fora da tarifa das mulheres, o Senado também aprovou um projeto de lei também na terça-feira. de conversão oriunda da Medida Provisória (MP) 1.072/2021. Esse assunto propõe uma nova fórmula de cobrança da taxa de fiscalização de títulos e de mercados de valores mobiliários e valores regulados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O texto vai para a sanção presidencial.  

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