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Uerj fará triagem de retinopatia diabética para zero lineup do SUS | Agência Brasil

Com o objetivo de auxiliar na demanda suprimida dos procedimentos de demanda suprimida e diagnósticos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), desencadeado pela pandemia covid-19, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) decidiu iniciar uma triagem de pacientes com retinopatia diabética (RD), a partir de março, com o objetivo de zerar a fila do SUS. imagem11-02-2022-21-02-04imagem11-02-2022-21-02-05

A retinopatia diabética é uma doença ocular grave e que pode levar à cegueira se não for tratada adequadamente. É uma das manifestações do Diabetes Mellitus, sendo considerada a maior causa de cegueira na população trabalhadora, abaixo dos 50 anos de idade.

O reitor da Uerj, Ricardo Lodi, disse hoje (11) que o objetivo principal, no momento, é implementar um protocolo de rastreamento que possa agilizar a detecção de casos de RD por meio do sistema de telemedicina e inteligência artificial (IA), de modo a diminuir a demanda suprimida de pacientes em lista de espera para retina e consulta com oftalmologistas. 

” Queremos zerar esses pedidos e, posteriormente, implantar uma forma de realização eficiente que possa evitar essa longa espera. Nosso objetivo é proporcionar um atendimento de qualidade a toda a população do Estado, uma vez que a Uerj tem compromisso com a saúde da população, ” o reitor disse.

Proceedings

De acordo com uma pesquisa do Conselho Brasileiro de Oftalmologia divulgada, em 2021, cerca de 2,3 milhões de procedimentos para diagnosticar a retinopatia diabética deixaram de ser realizados na rede pública entre janeiro e setembro de 2020, por conta da pandemia de covid-19. Os participantes só começaram a ser normalizados no ano passado.

Rastreamento

O trabalho da Uerj começará pelo rastreamento de pacientes já cadastrados no sistema e que são moradores da região da Tijuca, Praça da Bandeira, Alto da Boa Vista, Vila Isabel, Maracanã, Andaraí e Grajaú, bairros da zona norte do Rio de Janeiro. Os exames serão realizados por médico oftalmologista especialista em retina e técnicos em oftalmologia de deficientes.

Os exames de retinografia serão realizados no Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe) e no PolicyltilIndica Piquet Carneiro (PPC). O laureado e o encaminhamento serão enviados por mensagem e e-mail para todos os pacientes.

A Uerj informou que os exames serão agidos por meio de mensagens eletrônicas ou contato telefônico. Em um plantão de quatro horas, 16 pacientes serão agitados, sendo quatro pacientes por hora. No primeiro mês, o projeto será iniciado com um retinógrafo no Hupe para treinamento dos técnicos em oftalmologia e dois turnos de trabalho por semana, o que totalizar 32 pacientes por dia e 128 pacientes por mês. Depois, dois retinógrafos serão usados simultaneamente, no Hupe e no PPS, elevando a capacidade de atendimento para 224 pacientes em um mês.

Expectativas

A expectativa da direção da Uerj é que este projeto piloto demonstre a eficácia do rastreamento de RD por meio da telemedicina e IA, com tratamento oportuno e precoce de casos graves e prevenção de casos de cegueira, e que o serviço de tele-ophthalmo Rio, na UERJ, possa ser expandido para outras regiões da cidade e do estado do Rio de Janeiro.

O reitor Ricardo Lodi lembrou que o serviço de oftalmologia no Hospital Pedro Ernesto é referência no estado para o tratamento de doenças retina, realizando uma média mensal de 220 atendimentos de pacientes com doenças retina, 120 tratamentos a laser, 30 exames de angiografia de fluoresceina e 400 injeções intraverdiais, além de, aproximadamente, 20 cirurgias de vitrectomias. 

Procurado pela Agência Brasil para dar informações sobre a fila de pacientes com retinopatia diabética no SUS, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro informou que os pacientes estão cadastrados no Sistema de Regulação (Sisreg) pelo procedimento ou linha de cuidado indicado para cada caso e não pela Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde, conhecida como CID. ” Desta forma, não é possível saber a partir do sistema dados quantos e quais são os pacientes que apresentam retinopatia diabética. Eles podem ser inseridos no Sisreg para procedimentos diversos em que pessoas que não têm retinopatia diabética também, ” esclareceu para o registro.

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