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Banco digital e inteligência artificial: a receita do iFood para ganhar mais escala


Depois de dominar o delivery em restaurantes com cerca de 85% de participação de mercado entre as plataformas, de entrar em entregas de supermercado e colocar os pés no segmento de vale benefício, o iFood vai desbravar um novo mercado: o de banking. Afinal, 0,53% do PIB passa por suas plataformas. A companhia, que conta com uma base de 350 mil restaurantes, inaugurou o iFood Pago para oferecer crédito para esses estabelecimentos.

“O volume de dados que eu tenho e a quantidade de pontos de contato que eu tenho com restaurantes, entre outros vendedores dentro do meu ecossistema, é muito grande. E isso me dá uma visão única de necessidades”, afirma Diego Barreto, CEO do iFood, em entrevista ao programa É Negócio, parceria do NeoFeed com a CNN Brasil, que vai ao ar neste domingo, 23 de junho, às 20h45 na televisão e no YouTube.

A ideia não é competir com os bancos tradicionais, mas sim oferecer um produto personalizado para aos restaurantes. “O grande foco dessa primeira fase nossa é o restaurante. Então eu quero reduzir custo para o restaurante, otimizar processo, continuar vendendo online e começar a gerar o tráfego no mundo offline também para ele”, afirma Barreto.

A carteira de crédito deve chegar a R$ 1 bilhão em cinco anos. Além do crédito, o iFood criou uma máquina para os estabelecimentos com uma ferramenta de CRM para fidelizar os clientes. Barreto explica que o cliente que vai em um restaurante e paga na máquina é identificado. Ele nunca foi lá no mundo offline, mas ele consome muito no mundo online.

“Então a minha estratégia de marketing não deveria ser para atrair ele mais no online. Talvez eu deveria pender isso mais para o offline.” Neste caso, diz Barreto, o dono do restaurante tem a capacidade de criar campanhas específicas para o cliente voltar e adquirir o hábito de frequentar o restaurante. Até agora em fase de testes, a máquina vai ao mar aberto e cerca de 30 mil delas estarão operando até o fim do ano.

Indagado se vai oferecer serviços bancários para pessoas físicas, Barreto diz que estuda, mas tem de fazer sentido sob a ótica de ecossistema. Neste caso, a empresa está estudando o banking para os clientes de sua vertical de benefícios, que conta com 1 milhão de clientes.

O executivo afirma que muitas das decisões tomadas hoje na companhia já são guiadas por inteligência artificial. Há 10 anos, eram feitas 10 mil entregas por mês e hoje são 96 milhões. Neste processo, os algoritmos foram – e são – fundamentais. Não à toa, o iFood criou uma vice-presidência de inteligência artificial. “A empresa, de forma geral, é conduzida por IA”, diz Barreto.

Na entrevista que pode ser vista no link abaixo, Barreto detalha como a inteligência artificial é usada, conta os detalhes de fraudes que acontecem na plataforma, os produtos que são criados e descontinuados no iFood, a relação trabalhista com os entregadores, a importância da diversidade na companhia, entre outros assuntos.





Fonte: Neofeed

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