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Equador vota referendo que pode reforçar segurança em meio a espiral de violência


Propostas incluem a mobilização do Exército equatoriano na luta contra as gangues, afrouxando os obstáculos à extradição de criminosos acusados

Foto por Gerardo MENOSCAL / AFPEquador realiza plebiscito neste domingo sobre segurança
Em Olon, província de Santa Elena, Equador, cidadãos aguardam na fila para votar em uma seção eleitoral durante um referendo em 21 de abril de 2024, destinado a implementar medidas mais rigorosas contra o crime organizado. O referendo surge em resposta a um aumento na violência que assola o país sul-americano, antes pacífico, destacado pelos recentes assassinatos de dois prefeitos. Os equatorianos estão exercendo seu direito democrático de abordar o urgente problema do crime relacionado a gangues por meio deste voto importante

Os equatorianos foram às urnas neste domingo (21), para vota em um referendo que pode mudar a maneira que o Equador luta contra o narcotráfico em meio a uma espiral de violência nos últimos anos. A maioria das 11 perguntas feitas aos eleitores se concentra no reforço das medidas de segurança. As propostas incluem a mobilização do Exército equatoriano na luta contra as gangues, afrouxando os obstáculos à extradição de criminosos acusados e prolongando as penas de prisão para traficantes de drogas condenados. O Equador, tradicionalmente um dos países mais pacíficos da América do Sul, foi abalado nos últimos anos por uma onda de violência, grande parte dela proveniente da vizinha Colômbia, país que é considerado o maior produtor mundial de cocaína. No ano passado, a taxa de homicídios no país disparou para 40 mortes por 100 mil habitantes, uma das mais altas da região.

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O presidente do Equador, Daniel Noboa, reuniu o apoio popular ao confrontar o narcotráfico. Essa tarefa tornou-se mais urgente durante o período de campanha eleitoral em agosto do ano passado, quando o candidato Fernando Villavicencio foi assassinado por gangues. Em janeiro, a crise se tornou ainda maior quando narcotraficantes aterrorizaram os cidadãos equatorianos e assumiram o controle de uma emissora de televisão enquanto esta estava no ar, em uma demonstração de força sem precedentes. Por conta da situação, o presidente de 36 anos decretou “conflito armado interno” no país, medida que fez com que Noboa pudesse usar poderes de emergência para mobilizar o exército na perseguição de cerca de 20 gangues agora classificadas como “terroristas”.

Eleição

O referendo procura alargar esses poderes e colocá-los em uma base jurídica mais sólida. Além disso, o presidente equatoriano tenta se impulsionar politicamente para concorrer à reeleição no ano que vem. A política linha dura tem encontrado respaldo nas pesquisas e o político desponta com a melhor avaliação entre os líderes da América do Sul, ranking que tem no topo líderes da direita e centro-direita. Com imagem positiva para 62% dos equatorianos e negativa para 31%, Noboa lidera a classificação da CB Consultora, empresa argentina de análises e pesquisas. Ele é seguido pelo uruguaio Luis Lacalle Pou (54% contra 41%) e pelo argentino Javier Milei (51% contra 45%). Enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ocupa o quarto lugar, sendo bem avaliado por 50% dos brasileiros e mal avaliado por 47%. Noboa venceu as eleições no ano passado para um mandato tampão até maio de 2025 após a renúncia do ex-presidente Guillermo Lasso, em meio a uma investigação por corrupção.

*Com informações de Estadão Conteúdo

 





Fonte: Jovem Pan

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