Tá Contratado – Notícias e Novidades

Itaú registra lucro abaixo do esperado devido a "efeito Americanas"

O Itaú Unibanco, considerado o maior banco da América Latina, registrou lucro abaixo do esperado pelo mercado para o quarto trimestre de 2022.

Um dos fatores para o desempenho ocorreu devido à provisão extra contra calotes do Grupo Americanas, que entrou no mês passado com pedido de recuperação judicial e um rombo bilionário.

Relacionadas

imagem08-02-2023-06-02-55

Paulo Câmara aceita convite de Lula para chefiar Banco do Nordeste

imagem08-02-2023-06-02-55

Caixa: Beneficiários de programas sociais terão cartão de débito e poupança

imagem08-02-2023-06-02-56

Lindbergh pede convocação de Campos Neto e diz que ninguém quer derrubá-lo

  • O mercado esperava lucro R$ 8,2 bilhões;
  • O Itaú divulgou o lucro de R$ 7,6 bilhões

O Itaú informou hoje um lucro de R$ 7,6 bilhões entre outubro e dezembro. A alta é de 7,1% se comparado ao mesmo período do ano anterior, mas fica abaixo da estimativa média feita por analistas consultados pela Refinitiv, que era de R$ 8,2 bilhões.

Um dos fatores que pesaram na última linha do resultado foi o aumento das provisões para perdas esperadas com inadimplência, que fizeram o chamado custo do crédito dar um salto de 58,1% ano a ano, para R$ 9,8 bilhões.

O que é provisão?

Trata-se de um recurso contábil que serve para que o negócio tenha caixa e assegure despesas que podem ser previstas ou imprevistas. No caso do Itaú, as despesas imprevistas podem ser um eventual calote da Americanas.

No relatório, embora não tenha citado a Americanas nominalmente, o banco mencionou “impactos provenientes de evento subsequente à data do fechamento relacionado a um caso específico de empresa de grande porte que entrou em recuperação judicial”.

A empresa entrou em recuperação judicial com dívida de R$ 43 bilhões, após admitir R$ 20 bilhões em “inconsistências contábeis”. Credores acionaram a Justiça para tentar responsabilizar inclusive os acionistas bilionários da empresa.

A Comissão de Valores Mobiliários criou uma força-tarefa para o caso Americanas, com oito processos em andamento. As investigações ocorrem em cooperação com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal. A autarquia mantém um canal para receber denúncias em seu site.

Os processos apuram, entre outros pontos:

  • eventuais irregularidades em informações contábeis;
  • possíveis irregularidades na divulgação de notícias, fatos relevantes e comunicados da empresa;
  • se houve o crime de insider trading, que é quando há a negociação de ações da companhia por quem tem informações privilegiadas.

Minoritários e credores

  • Entidades que representam acionistas minoritários buscaram a Justiça e a B3 (Bolsa) para pedir indenizações da empresa e dos acionistas de referência, os bilionários Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, donos da gestora 3G Capital.
  • Grandes bancos querem obrigar o trio de acionistas a ressarci-los com seu patrimônio pessoal. Para isso, buscam meios para provar que houve fraude na varejista.
  • O Bradesco foi à Justiça para pedir o armazenamento de e-mails de diretores, membros do conselho de administração e funcionários da área de contabilidade da empresa. A Justiça aceitou o pedido.

Related Posts