Nvidia bate recorde de receita e mostra que boom de IA segue forte
A Nvidia divulgou seu balanço financeiro do segundo trimestre de 2024, no qual bateu o recorde de US$ 30 bilhões em receita. O montante cresceu 122% em relação ao mesmo período de 2023.
De acordo com o relatório, o lucro líquido da gigante de tecnologia atingiu US$ 16,5 bilhões no trimestre, avanço de 168% no ano e 12% em relação aos últimos três meses.
Os números corroboram com a tese de que o boom da inteligência artificial segue forte, apesar das preocupações de que o investimento na tecnologia tenha avançado rápido demais.
O recorde de receita atingido na área de data center, de US$ 26,3 bilhões, que está totalmente relacionado com IA, mostra que a companhia continua firme no seu propósito com o desenvolvimento de chips.
A empresa, no entanto, informou que as margens brutas diminuíram no trimestre em comparação com os três meses anteriores. Colette Kress, diretora financeira da companhia, atribuiu parte do problema a questões de produção com seus chips de próxima geração, Blackwell, que passaram por um ajuste no design.
Com os números, as ações da Nvidia, que tiveram uma alta de aproximadamente 150% neste ano, caíram após o fechamento de Wall Street. Os papéis recuavam mais de 4,5%, mostrando que o mercado não ficou totalmente satisfeito com o balanço.
“A demanda continua forte e a expectativa para o Blackwell é incrível”, disse Jensen Huang, fundador e CEO da Nvidia. “A Nvidia alcançou receitas recordes à medida que os data centers globais estão operando a todo vapor para modernizar toda a pilha de computação com IA generativa.”
Para os próximos trimestres, a empresa afirmou que a produção dos chips deve aumentar, principalmente no quarto trimestre fiscal, e espera que isso contribua com vários bilhões de dólares para o balanço. Assim, a estimativa é de que a receita atinja US$ 32,5 bilhões.
As despesas operacionais devem atingir aproximadamente US$ 4,3 bilhões no próximo trimestre e espera-se que as despesas operacionais para o ano completo cresçam na faixa de 40% a 50%.
Na visão de Paula Zogbi, head de research e conteúdo da Nomad, a empresa precisa mostrar que suas vendas continuarão ocorrendo na velocidade vista nos últimos meses.
“Isso vai ser importante para manter o otimismo em relação ao crescimento da companhia, principalmente depois de resultados não tão fortes por parte de seus principais clientes como Google, Microsoft, Meta e Amazon, que continuam investindo pesado em IA, mas agora precisam apresentar grandes resultados ligados a esses investimentos”, afirma.
