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Barroso falou sobre segurança das urnas em primeira sessão do TSE | Agência Brasil

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Roberto Barroso, abriu o ano legislativo do Tribunal, que chega ao IX ano em atividade, com um longo discurso dedicado principalmente à defesa do sistema eleitoral brasileiro, à segurança das urnas eletrônicas e ao debate fértil de ideias ao longo deste ano eleitoral.imagem02-02-2022-09-02-03

Barroso afastou qualquer possibilidade de retomada da discussão sobre o voto impresso.” Não há sentido em se retomar a discussão sobre a votação impressa com a contagem pública manual para as eleições de 2022 já que voltou a circular. Uma reação que já assombrou o país no ano passado e que volta e meia é ressuscitada, “lembrou que o Congresso enterrou a discussão da matéria e a Suprema Corte achou inconstitucional a impressão da votação.

” Ressurrece que discussão constituiria tão somente uma tentativa deliberada de tumulto o processo eleitoral. O país está precisando, em meio a muitas coisas, de debater ideias e não repetir bobagens, ” Barroso disse.

Elogios a Portugal

Ele contou sobre as suas impressões, todas muito positivas, da viagem que fez a Portugal para acompanhar as eleições legislativas naquele país. Barroso classigiu a votação no país europeu como “uma demonstração de organização e democracia”, elogiou a postura dos eleitores e de todas as partes envolvidas, que aceitaram o resultado final. ” Todos aceitaram o resultado com civilidade e com respeito aos vencedores. Sem acusações infundadas de fraude, sem grossersidade. “

De acordo com ele, o ambiente eleitoral foi pavimentado no” debate público de qualidade “, sem ódio e disseminação de desinformação. Pouco mais de 5 milhões de eleitores foram às urnas no país. “Lá, por isso, eles não precisavam, porque não tinham os problemas, para fazer as inovações e evoluções que fizemos aqui para eliminar, como de fato eliminamos, as fraudes.”

Crítica

Barroso gerou críticas ao presidente Jair Bolsonaro. Um inquérito foi aberto para apurar o suposto vazamento, por Bolsonaro, de informações sensíveis sobre a investigação da Polícia Federal (PF) que apura um ataque de hackers ao sistema informático do Tribunal Superior de Eleições (TSE), em 2018. Na época, o TSE declarou que o ataque não compromete a segurança da votação.

O depoimento de Bolsonaro em relação ao caso era esperado na semana passada, mas o presidente não compareceu à Polícia Federal para depor.

” O presidente da República vazou a estrutura interna da TI [tecnologia da informação] do TSE. Tivemos que tomar uma série de medidas para fortalecer a segurança cibernética dos nossos sistemas para nos proteger. Os adjetivos carecem de qualificar a atitude deliberada de facilitar a exposição do processo eleitoral brasileiro a ataques de criminosos “.

Durante o processo envolvendo o presidente, a Advocacia-Geral da União (AGU) argumentou no inquérito que Bolsonaro não divulgou documentos confidenciais e” se recusou de oitiva pessoal “. De acordo com o órgão, o testemunho pessoal não contribuiria para o processo. Além disso, destacou que as decisões anteriores da Corte impedem a condução coercitiva para depoimentos e garantem o “direito de ausência” da defesa.

Novas urnas

Barroso apontou, em várias oportunidades, a segurança e inviolabilidade da urna eletrônica. Afirma que os partidos políticos e entidades capacitadas já tiveram acesso ao código-fonte das urnas eletrônicas, uma das etapas para garantir transparência e segurança digital das eleições. A etapa de teste de segurança também foi realizada este ano. Nele, instituições qualificadas e pessoas físicas se preparam e realizam ataques a urnas eletrônicas e ao sistema em busca de brechas.

O presidente da Corte anunciou a compra de 300 novas urnas eletrônicas e revelou a dificuldade do TSE em finalizar esse processo. ” Houve uma grande disputa no mercado internacional por parte desses partidos e precisamos fazer um esforço de diplomacia para a obtenção do equipamento. Foram meses de tensão e negociação “. De acordo com ele, o grande obstáculo foi a resistência do setor automobilístico, que tem comprado todos os componentes produzidos ultimamente.

Barroso participou da sessão de abertura do ano do tribunal de Washington, nos Estados Unidos. Ele está lá para receber o relatório final da Organização dos Estados Americanos (OEA) sobre as últimas eleições brasileiras. Barroso afirmou que divulgará o conteúdo do relatório assim que o receber.

Ele deixa a presidência do TSE neste mês, dando lugar ao ministro Edson Fachin. Ele vai conduzir boa parte do processo de preparação para as eleições, mas elas ocorrerão já sob a presidência do ministro Alexandre de Moraes, que assumirá o cargo em agosto.

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