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Chuva segue causando mortes e estragos em MG | Agência Brasil

As fortes chuvas que durante semanas atingiram Minas Gerais continuam a afetar a população e a causar danos e perturbações de todo tipo. Casos de rios transbordando, inundação de águas e inundações se espalhou por várias regiões do estado, e os números de desabrigados e deslocados não param de aumentar.imagem10-01-2022-18-01-13

Desde o início da estação chuvosa-que, este ano, começou em outubro, um mês antes do habitual-pelo menos nove pessoas já perderam a vida devido às chuvas e ao seu rescaldo. Neste número não estão incluídas as dez mortes provocadas pelo depressivo de um bloco de pedras no Lago de Furnas, no Capitólio (MG), no último sábado (8). As causas dessa tragédia ainda estão sendo apuradas, mas os funcionários do Estado já anteciparam que parte do paredão rochoso pode ter ruído pelo efeito da ação das águas.

Até a manhã de hoje (10), prefeituras de 145 das 853 cidades mineiras já haviam decretado situações de emergência. Na divisa entre Conceição do Pará e Pará de Minas, na região central do estado, os moradores estão deixando residências em áreas em risco de serem atingidas pelo potencial rompimento da barragem hidrelétrica da Usina Carioca e eventual elevação do nível do Rio São João.

Devido à intensidade das chuvas, a mineradora Vale e a Companhia Nacional do Aço (CSN) paralisaram parte de suas operações no Estado. Em nota, a Vale relatou que suspendeu a circulação de trens na estrada de ferro que liga Vitória (ES) a Minas Gerais, o que afeta o escoamento de parte de sua produção. A medida, segundo a empresa, tem como objetivo garantir a segurança de seus funcionários e da população. Além disso, o mineiro garante que está monitorando suas barragens.

A decisão da CSN atinge ambas as suas atividades na mineração, e o aço. Em comunicado ao mercado, as empresas CSN e CSN Mining informaam que suspenderam temporariamente as operações de extração e manipulação na mina Casa de Pedra, em Congonhas (MG) e na operação portuária de carregamento de minério no Terminal de Carvão (Tecar), no Porto de Itaguaí (RJ).

De acordo com a Defesa Civil Estadual, em toda a região metropolitana de Belo Horizonte foram registrados, entre 20h na última sexta-feira (8) e hoje 7h, pelo menos 287 pedidos de socorro a pessoas ilhadas; 120 ocorrências de desmoronamentos, colapsos ou algum colapso estrutural; 30 chamados relacionados a deslizamentos de terra ou soterramentos e 38 ordens para cortar e retirar de árvores caídas em vias públicas ou em imóveis.

Ainda na capital, uma mulher de 42 anos morreu enterrada neste domingo (9). A casa da vítima, cujo nome não foi divulgado, desabou e, quando os bombeiros chegaram, já encontrou a mulher sem vida. Além disso, parte da estrutura de um prédio do bairro de Buritis desabou e os moradores só conseguiram voltar para suas casas depois que a Defesa Civil descartou o risco do ruir anterior.

Também no domingo, parte de um terreno (um talude) deslizou e atingiu residências do centro da cidade de Dores de Guanhães, a cerca de 100 quilômetros de Ipatinga. Os bombeiros estimularam quatro pessoas que foram levadas para o hospital municipal, onde uma das vítimas faleceu.

Na cidade de Rio Piracicaba, a cerca de 50 quilômetros de Itabira, na região central do estado, os moradores ficaram ilhados depois que o rio de mesmo nome subiu. Já em Divinópolis, a cerca de 250 quilômetros de distância, pelo menos 58 pessoas tiveram que deixar suas residências e se abrigar na casa de parentes, amigos ou hospedagem privada.

Na hora de publicar esta matéria, os bombeiros tentavas localizavam dois supostos soterrados, um no resgate de pelo menos duas pessoas soterradas, uma em Brumadinho, outra em Ouro Preto, onde, no sábado (8), um deslizamento de terra bateu em uma casa, matando um homem de 55 anos, Geraldo Neves. Em Ouro Preto sozinho, mais de 170 pessoas foram deslocadas, pelo menos três casas foram destruídas e a prefeitura já promulgou uma situação de emergência.

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