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Defensivos públicos criam projeto para atender órfãos de feminicídio | Agência Brasil

Uma pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontou que quatro mulheres foram assassinadas por dia no Brasil por um parceiro atual ou ex-parceiro, no primeiro semestre de 2021. As altas taxas de feminicídio no país trazem consigo um problema social menos óbvio do que a morte das mulheres: o abandono e o trauma vivenciado pelos filhos das vítimas.imagem08-01-2022-04-01-10

No Amazonas, um grupo de defensores públicos iniciou um projeto em 2018 para prestar assistência psicossocial e jurídica aos órfãos desse tipo de crime.

As obras começaram por iniciativa da defensora Caroline Braz-que, na época, coordenou o Núcleo de Proteção e Defesa dos Direitos da Mulher de Defensoras Públicas do Estado do Amazonas. Ela percebeu que as crianças que perderam suas mães para o feminicídio, muitas vezes por ação do próprio pai, apresentava fortes traumas psicológicos e desamparo familiar. De acordo com Caroline Braz, não são raros os casos em que a criança presenciou o crime.

Em dezembro, esta iniciativa do Amazonas foi contemplada pelo Prêmio Innovare, que premia os melhores projetos de instituições jurídicas do país. Para Caroline Braz, esse reconhecimento traz visibilidade para essas crianças que, segundo o defensor público, foram esquecidas. O procurador propõe a criação de um protocolo nacional para que as crianças sejam atendidas rapidamente nestes casos.

O feminicídio é a consequência mais trágica do machismo estrutural-que expõe muitas mulheres brasileiras a todo tipo de violência física e emocional por parte de seus parceiros e ex-parceiros. Esses comportamentos são crimes previstos na Lei Maria da Penha.

Para denunciar, basta ligar para o telefone 180. O serviço funciona 24 horas por dia, em todo o território nacional.

Ouça o assunto na Radioagência Nacional

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