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Estudo analisa eficácia de doses de reforço para quem levou Coronavac | Agência Brasil

Um estudo conduzido pela Universidade de Oxford encomendado pelo Ministério da Saúde analisou as taxas de imunização das doses de booster de diferentes vacinas covid-19 usadas no Brasil em quem concluiu o ciclo vacinal com Coronavac. O imunizante é produzido pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo.imagem17-12-2021-20-12-32imagem17-12-2021-20-12-32

De acordo com o pesquisa, quem recebeu a dose de booster do próprio Coronavac teve um aumento de sete vezes dos anticorpos em geral contra o coronavírus. Nas demais marcas, a ampliação da quantidade de anticorpos é maior.

Quem recebeu a dose de booster de Janssen teve elevação do nível do anticorpo em 61 vezes. Na vacina Oxford-AstraZeneca, o aumento foi de 85 vezes. O imunizante da Pfizer-BioNTech obteve o melhor desempenho, com crescimento de 175 vezes no número de anticorpos.

O estudo realizado pela Universidade de Oxford apontou queda no nível de anticorpos após seis meses em quem recebeu a primeira e a segunda doses de Coronavac, confirmando a importância da dose de booster.

Voluntários

O estudo contou com a participação de 1.205 voluntários em São Paulo e Salvador. As pessoas tiveram as doses de reforço dos diferentes tipos de imunizantes aplicadas 28 dias após a conclusão do ciclo vacinal. Em seguida os participantes tiveram amostras de sangue abatidas para avaliar o nível dos anticorpos produzidos.

De acordo com a responsável pela pesquisa, Sue Ann Costa Clemens, o estudo confirmou o que já vinha sendo verificado em outras pesquisas em diferentes países. “O resultado reitera a literatura internacional de que o reforço com plataforma heteróloga [com diferentes tipos de vacinas] levanta uma resposta imunológica maior”, declarou.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, avaliou que o Coronavac foi importante no período inicial de vacinação, mas lembrou que a orientação de portfólio foi a aplicação de outras marcas para a dose de reforço para pessoas acima de 18 anos.

Quanto às pessoas que já tomaram a dose de reforço de Coronavac, Queiroga respondeu que a vacina levanta anticorpos. “Sendo assim eles têm proteção, menor do que da Pfizer-BioNTech, mas estamos trabalhando com secretarias do Estado de São Paulo e vamos levar a melhor conduta”, disse. Ele não adiantou quais medidas serão tomadas.

Vacinação das crianças

Queiroga preferiu não comentar a autorização, dada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para vacinação de crianças, a partir de 5 anos, com a imunizante Pfizer BioNTech. O ministro foi questionado sobre as declarações do presidente Jair Bolsonaro que ontem, durante ao vivo em suas redes sociais, alegaram ter pedido o nome dos técnicos responsáveis pela autorização e sobre as reações da diretoria e servidores da agência a essa declaração, mas também preferiu não responder. “Essas outras questões não fazem parte da entrevista coletiva que estamos fazendo aqui”, reforou.

Região Norte

Marcelo Queiroga relatou que o ministério está preocupado com a Região Norte, bastante atingida pela pandemia tanto na primeira como na segunda ondas. O ministro pontuou que ainda há estados com índices de vacinação mais baixos do que o restante do país.

” Estamos mais atentos à Região Norte. Todos os nossos esforços estão hoje focados em ampliar a cobertura da dose 2ª e a dose de reforço para os estados onde tal cobertura é baixa. É região de dimensões continentais, áreas remotas, para que alcancemos, mesmo com poderosa estrutura do Sistema Único de Saúde, vacinar os povos indígenas e populações ribeirais, ” ele sublinhou.

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