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Rio lança parceria público-privada para combater o trabalho infantil | Agência Brasil

A Secretaria Municipal de Assistência Social do Rio de Janeiro lançou hoje (1º) o programa Deixe-Me Ser Criança. É a primeira parceria público-privada da cidade para atendimento sócio-assistencial a crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil.imagem01-02-2022-18-02-39imagem01-02-2022-18-02-39

O núcleo inaugural de o projeto está no Norte Shopping e conta com um assistente social e quatro educadores, contratados pelo shopping. Os profissionais farão a abordagem, a recepção e os encaminhamentos necessários das crianças e adolescentes para a rede de proteção do registro, para que eles recebam o atendimento necessário e o acompanhamento familiar.

A ideia é que o núcleo trabalhe integrado às equipes dos centros de referência de bem-estar da região (Cras). ” Esse projeto mostra que é possível trabalhar em parceria, a prefeitura e a iniciativa privada, para reverter essa dinâmica tão ruim que se formou com a fome, a miséria. Não é um tema simples, mas estamos começando “, disse, em nota, a secretária municipal de Assistência Social, Laura Carneiro.

A primeira ação de mapeamento no entorno do shopping identificou 16 adolescentes entre 14 e 17 anos de idade em situação de trabalho infantil, vendendo balas e outros doces. A maioria é residente nas favelas dos Jacaré e Manguinhos.

A partir de hoje, de acordo com o secretário, a equipe do programa fará referência a essas crianças para prosseguir com seus estudos, aprimorando seus relacionamentos familiares, e, nos casos indicados, se tornam beneficiários de programas como Jovem Aprendiz, da geração de renda.

A primeira chamada foi a de um jovem de 17 anos que vende balas e quer se inscrever no Jovem Aprendiz. De acordo com o secretário, mesmo com muitas dificuldades, ele curou o primeiro ano do Ensino Médio em 2020, quando iniciou a pandemia de covid-19 e ele então deixou os estudos.

” O próprio Estatuto [da Criança e do Adolescente] é muito claro ao estabelecer que a responsabilidade pela causa da infância e da juventude é uma responsabilidade solidária, que tem necessariamente de envolver a família, o poder público e a sociedade civil. Hoje estamos diante de um exemplo concreto da materialidade desta simpática responsabilidade “, disse a promotora Agnes Mussliner, da 9ª Promoção das Crianças e da Juventude.

A estatística mais recente, do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil de 2019, aponta que existiu mais de 34 crianças e adolescentes de 5 a 17 anos de idade em situação de trabalho infantil no Rio de Janeiro. Com a pandemia, a estimativa da pasta é de que esse número deve ter crescido 18%.

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