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SP: Indígena é a criança 1ª vacinada contra covid-19 no país | Agência Brasil

O menino Davi, um indígena de 8 anos que mora em Piracicaba, no interior do estado de São Paulo, é o primeiro filho na faixa etária de 5 a 11 anos a ser vacinado no país. Ele recebeu a dose em uma cerimônia simbólica no início da tarde de hoje (14) no Hospital das Clínicas de São Paulo, com a presença do governador de São Paulo, João Doria.imagem14-01-2022-16-01-12

Davi tem deficiência motora rara e recebe tratamento especializado no Hospital das Clínicas. Ele tomou a primeira dose da vacina Pfizer / BioNTech, o único imunizante aprovado até agora pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a ser aplicada em crianças de 5 a 11 anos. A vacina é feita especialmente para aquela plateia: a dosagem é menor do que a que está sendo aplicada em adultos.

Em uma entrevista online, transmitida durante o evento, o pai da criança, o cacique xavante Jurandir Siridiwe, agradeceu a vacinação do filho. ” Agradeço muito por essa compreensão, essa visibilidade, esse diálogo. Que os indígenas tomem vacina, ” ele disse. “Será seguro quando as aulas retornam”, acrescentou.

Depois de David, outras crianças foram vacinadas no local, como Jean Luca, de 9 anos, que tem atrofia muscular espinhal de 9 anos, e Cauê, 11, que tem síndrome de Down.

A vacinação de Davi foi simbólica porque a aplicação de doses em crianças só será iniciada, de fato, na próxima segunda-feira (17) em São Paulo. Inicialmente serão crianças vacinadas com comorbidades, indígenas e quilombolas. Em seguida, a vacinação deve seguir em ordem decrescente, começando para os jovens de 11 anos.

O primeiro lote da vacina pediátrica pediátrica da Pfizer chegou ontem (13) ao Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), contendo 1,2 doses de milésimos. Esse lote está sendo distribuído para todo o país. Até o final deste mês, o Brasil deve receber um total de 4,3 milhões de doses desse imunizante.

A população brasileira estimada nessa faixa etária é de cerca de 20,4 milhões, sendo 4,3 milhões de crianças no estado de São Paulo.

Davi foi vacinado pela enfermeira Jéssica Pires de Camargo, a mesma para aplicar o imunizante em Monica Calazans, o primeiro brasileiro vacinado contra covid-19 no país, em ato simbólico no Instituto Butantan, em São Paulo, em janeiro do ano passado. 

O governo de São Paulo tem um lote armazenado da vacina CoronaVac, produzido pelo Instituto Butantan e pelo laboratório chinês Sinovac, para aplicação em crianças. O governo paulista está, no entanto, aguardando permissão da Anvisa para uso do CoronaVac nessa faixa etária. A expectativa é de que essa autorização seja dada já na próxima semana.

A vacinação das crianças é importante para que eles também se protejam contra o novo coronavírus. No estado de São Paulo, pelo menos 93 crianças morreram por covid-19. Em nota publicada no início deste mês, a Sociedade Brasileira de Pediatria lembrou que o Brasil é um dos países onde ocorreu a maioria das mortes de crianças pela doença. “A vacinação desse público é importante estratégia para reduzir o número de mortes por conta de covid-19 nessa faixa etária, no Brasil, cujos indicadores são mais expressivos do que em outras nações”, diz o comunicado.

Cadastro

Nesta semana, o governo paulista lançou o cadastro de vacinação para as crianças, para dar mais agilidade no momento da aplicação da vacina em postos de saúde. O governo do estado pede que os pais façam o cadastramento das crianças no site Vacina Já. O pré-cadastro é opcional e não é um agendamento, mas agiliza o atendimento nos sites de imunização, evitando filas e aglomerações.

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